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Beyoncé é um ícone da moda, música e das produções, isso sem falar das performances em prêmios e eventos com um grande hipe como é o caso do super bowl. Um talento em forma de mulher que exibe dinamismo, dedicação e trabalho em equipe, tanto que para constatação basta prestar atenção em seus shows repletos de detalhes e momentos bem organizados e impressionantes. Desempenho em palco e desenvoltura em momentos delicados como cantar em timbres complicados  antes, durante ou depois de danças e movimentos exaustivamente ensaiados e manter tudo isso em plena performance em apenas uma única chance, é o ápice para apenas uma mulher, ou diria, é o minimo para alguém do seu nível.

O critério do tão aclamado e falado Diva tem seus pesos e méritos ao custo de dores, cansaço e horas passando sono em busca de algo perfeito, ou aceitável em perspectivas estéticas e técnicas. A musa encorpora uma poderosa personagem em um cenário idealista de uma realidade precária e que por enquanto está longe de acontecer, o direito feminino e o espaço do mesmo. Partindo de uma visão mais ampla sobre Beyoncé, um mini ecossistema se formou a sua volta gerando sua própria vida. Em tradução, podemos entender como uma empresa com o nome da cantora saiu do chão e da oportunidades a quem quer e/ou precisa, dando lucro e gerando oportunidades.

Com isso em mente eu declaro primeiramente que não gosto do trabalho dela, bom, diria que não sou um fã e confesso que a sensação diva custei um pouco a entender, mas agora que entendo, acho digno. Beyoncé é uma moça inteligentíssima em administrar e organizar sua vida profissional e pessoal com maestria e seguir confiante no meio musical com muito sucesso, sucesso esse exposto em seus clipes oficiais e músicas que colam na mente. Tocando nesse assunto vamos direto ao ponto em questão deste post.

Já vi alguns dos clipes dela e da maioria apenas curti toda a vibe, mas tem um que me fascinou em sua estética e na composição da letra. Formation é um marco da música pela temática que leva e pelo clima que propõe. Vamos por partes, analisando o gráfico do vídeo em um tom instável e frio seja pelo ambiente ou pelas roupas e seus detalhes. Talvez o clima de instabilidade seja reflexo proposital da situação social e política na época em que foi lançado, não que agora as coisas mudaram, dirá eu, pioraram com a entrada de Trump. Mas eram tempos de eleição, partidos opostos entre uma investigada e um racista, fascista além de outros adjetivos segundo alguns milhares de cidadãos.

Ou pela visão conturbada de uma sociedade machista, misógina e preconceituosa em seus diferentes níveis e graus. O clipe foi um soco na cara do politicamente correto, uma rasteira em letra sobre a visão de mulher e uma obra prima de como se vestir e exibir o grau de poder que Beyoncé tem. A letra impõe a situação atual feminina e expõe o clima antinatural que é ser uma mulher negra em uma sociedade com ideais e filosofias culminando na violência e descriminação. Por fim, Formation modela a censo critico da realidade americana em pequenos detalhes e de pura inteligencia e perspicácia.